Alfaia agrícola portuguesa
Este livro, que teve a sua primeira edição em 1977, propõe a síntese final dos estudos que se reportam aos modos e meios de agir sobre a terra e as suas produções, num quadro de vida rural anterior às inovações técnicas e tecnológicas traduzidas pela introdução de equipamentos e maquinarias industriais. Reeditá-lo hoje é reafirmar a sua importância intrínseca de estudo etnológico de grande relevância para a análise comparada no contexto europeu em que investigações semelhantes foram produzidas...
Éditeur : Etnográfica Press
Lieu d’édition : Lisboa
Publication sur OpenEdition Books : 21 juillet 2020
ISBN numérique : 979-10-365-5617-3
DOI : 10.4000/books.etnograficapress.6697
Collection : Portugal de Perto | 33
Année d’édition : 1995
ISBN (Édition imprimée) : 978-972-20-1235-5
Nombre de pages : 404
J. Pais de Brito
Nota do director da colecçãoEste livro, que teve a sua primeira edição em 1977, propõe a síntese final dos estudos que se reportam aos modos e meios de agir sobre a terra e as suas produções, num quadro de vida rural anterior às inovações técnicas e tecnológicas traduzidas pela introdução de equipamentos e maquinarias industriais. Reeditá-lo hoje é reafirmar a sua importância intrínseca de estudo etnológico de grande relevância para a análise comparada no contexto europeu em que investigações semelhantes foram produzidas. Mas, com a passagem do tempo e as profundas transformações ocorridas na sociedade rural portuguesa, julgamos que esta obra adquire uma nova dimensão e perspectiva, pois é já enquanto documento do passado que ela vai ajudar a fazer a história e a melhor perceber os homens e as suas relações, numa sociedade agora evanescente.
Ernesto Veiga de Oliveira nasceu na Foz do Douro (Porto) em 1910. Fez o liceu na sua cidade natal e formou-se em Direito - e mais tarde em Ciências Históricas e Filosóficas - em Coimbra. Advogou durante dois anos, mas após sucessivas experiências, ingressa, em 1944, no funcionalismo público, que abandonará para, finalmente, abraçar a carreira da investigação científica. Em 1932 situa-se o seu encontro com Jorge Dias, a quem fica ligado por uma profunda e inalterável amizade. Passam a ser companheiros nas andanças pelo País juntamente com Fernando Galhano, amigo de longa data. Margot Dias e Benjamim Pereira, que conhece mais tarde. São finalmente estes elementos que, em 1947, formam o grupo pioneiro que deu corpo ao Centro de Estudos de Etnologia, que iria levar a cabo a renovação dos estudos etnográficos em Portugal. A partir de então, a sua vida identificou-se com os trabalhos do Centro, e seguidamente também com os do Centro de Antropologia Cultural c sobretudo do Museu de Etnologia, criado segundo uma concepção renovadora da Museologia e que restará como a expressão mais acabada da sua obra. Faleceu em 1990.
Fernando Galhano nasceu no Porto em 1904. Um profundo sentido de liberdade fixa a sua actividade fundamental na pintura. Em 1948 integra o pequeno grupo que Jorge Dias reúne no Centro de Estudos de Etnologia e, mais tarde, em 1963. ingressa no Centro de Estudos de Antropologia Cultural e Museu de Etnologia onde se afirma como um extraordinário e original investigador. Além dos estudos que publicou, individualmente ou em co-autoria com Jorge Dias, Ernesto Veiga de Oliveira e Benjamim Pereira, deixa nos arquivos daqueles três organismos um corpus fabuloso de desenhos etnográficos que o qualifica como um dos maiores desenhadores etnográficos do seu tempo.
Benjamim Enes Pereira nasceu no dia de Natal de 1928 em Montedor, Viana do Castelo. A convite de Jorge Dias ingressa, em 1959, no Centro de Estudos de Etnologia e, em 1963, no Centro de Estudos de Antropologia Cultural e seguidamente no Museu de Etnologia com os quais mantém uma permanente relação de colaboração até ao presente. A partir de décadas de intenso trabalho de campo com os outros investigadores dos referidos Centros, escreveu um vasto conjunto de trabalhos, individualmente, dos quais destacamos Máscaras Portuguesas e Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa, e, em conjunto, no levantamento sistemático das tecnologias tradicionais ligadas à vida rural portuguesa, tais como Construções Primitivas em Portugal, Actividades Agro-marítimas em Portugal (já reeditados nesta colecção), e Tecnologia Tradicional Portuguesa - O Linho, Sistemas de Moagem, etc.
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