Agradecimentos
p. 11-12
Texte intégral
1O presente volume — inicialmente apresentado, numa forma algo diferente da actual, como Tese de Doutoramento em Antropologia Social no I.S.C.T.E. — resulta de uma pesquisa cujo início remonta a 1982, ano em que realizei a minha primeira deslocação aos Açores. Desde essa altura até à actualidade contraí um enorme «rol» de dívidas — em relação tanto a instituições como a pessoas — que espero que este livro contribua para «saldar».
2Entre as instituições merecem relevo particular a Fundação Calouste Gulbenkian — que me concedeu um subsídio quando da minha segunda deslocação, em 1983, a Santa Bárbara — e, sobretudo, o I.N.I.C., que me atribuiu, entre 1987 e 1991, uma bolsa de estudo para doutoramento. O I.S.C.T.E. forneceu-me também, em várias ocasiões, financiamentos para viagens que foram de grande utilidade. Finalmente, a John Rylands Library da Universidade de Manchester proporcionou-me, por diversas vezes, condições de trabalho que facilitaram muito o meu trabalho de pesquisa bibliográfica.
3Mas a minha dívida de gratidão é sobretudo para com as muitas pessoas cuja amizade e auxílio foram determinantes para a realização deste estudo.
4Entre essas pessoas estão, em primeiro lugar, os meus pais. A configuração inicial desta pesquisa deve muito à sua «experiência açoriana» e aos seus contactos no arquipélago.
5Em Santa Bárbara, a minha dívida estende-se, para além dos vários imperadores a cujos Impérios assisti, às Sr.as Angelina Benta, Ana de Fontes, Inês da Maia, Angelina da Cruz e aos Srs. Manuel Bento, prof. Jaime de Figueiredo, Mestre Resendes, José de Sousa Bairos, José dos Santos, António de Sousa, António Fontes e António Catarina. O Dr. Jacinto Monteiro, o Sr. José de Sousa e o P.e José Maria Amaral foram também de um inestimável auxílio em vários passos do meu trabalho. Agradeço ainda à Câmara Municipal e à Repartição de Finanças de Vila do Porto as facilidades concedidas para a consulta dos seus arquivos. Em Santo Antão, gostava de agradecer em particular aos vários mordomos das Festas do Espírito Santo e ainda ao Sr. Manuel Inácio e à Sr.a Carmina, ao Dr. Alberto Bettencourt e ao Sr. Luís Marques. Na Piedade, além mais uma vez dos mordomos das Festas, agradeço também o auxílio e amizade do Sr. António José de Freitas e família e do P.e Manuel António das Matas. Em São Miguel, estou particularmente grato ao mestre João Manuel de Sousa, do rancho de Ponta Garça. O Sr. João Vieira, nas Flores, e a Helena Ormonde, na Terceira, prestaram-me também uma ajuda importante nos «raids» etnográficos que efectuei nessas duas ilhas. O Rui Sousa Martins, da Universidade dos Açores, além de um apoio logístico imprescindível, foi sempre um interlocutor atento e estimulante nas muitas conversas que tivémos. Finalmente, os Serviços Geográficos e Cadastrais dos Açores, os Serviços Regionais de Estatística dos Açores — na pessoa do Eng. André de Oliveira — e o Museu de Ponta Delgada — por intermédio da Dr.a Clarinda Moutinho — facultaram-me o acesso a elementos de grande utilidade para o meu trabalho.
6No decurso do processo de elaboração deste livro recebi de vários colegas e amigos manifestações de interesse e apoio que foram de grande importância. Entre essas pessoas, gostaria em particular de expressar a minha gratidão ao Prof. Dr. José Carlos Gomes da Silva, que assegurou a orientação da minha pesquisa e com quem mantive um diálogo produtivo — feito de inúmeras sugestões e críticas — que enriqueceu substancialmente a minha reflexão. A Rosa Maria Perez, o Benjamim Pereira, o Joaquim Pais de Brito, director desta Colecção, o Paulo Valverde, o Francisco Vaz da Silva e a Maria Morais tiveram pelo seu lado a paciência de ler e comentar versões prévias de parte ou da totalidade dos capítulos que integram este livro, tendo fornecido importantes sugestões e estímulo para o meu trabalho. É entretanto inútil sublinhar que a responsabilidade final do texto — em particular das suas insuficiências — me cabe exclusivamente a mim. O Joaquim Pais de Brito facultou-me ainda alguns elementos importantes para a elaboração do Apêndice sobre as Festas do Espírito Santo no Continente e na Madeira. Agradeço também as observações formuladas pela Prof.a Dr.a Alice Geraldes, na sua qualidade de arguente das minhas provas de doutoramento. Mas é sobretudo com a Rosa Maria Perez que a minha dívida é maior. Do Gujarat aos Açores vai certamente uma grande distância, mas a nossa já longa amizade, combinada com o facto de termos elaborado as nossas Teses ao mesmo tempo, estabeleceu entre nós uma proximidade — feita de cumplicidade e solidariedade — que, no que me respeita, foi decisiva em certos momentos mais difíceis da minha reflexão.
*
7Dedico este esstudo à Margarida, à Sofia e à Teresa. Em primeiro lugar porque, sem elas, não só este livro, como muitas outras coisas teriam muito menos sentido. Em segundo lugar, porque, a par de uma paciência grande em relação às minhas ausências açorianas, suportaram sempre com grande estoicismo as variações de humor, a ansiedade e tudo o mais que tende a aparecer associado ao processo de pensar e redigir um texto com estas características. Por estas e outras razões, este estudo — agora que «o urso saiu da jaula» — pertence-lhes também.
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